Feijão tropeiro é um prato típico de minas Gerais e que tem presença marcante em todas as mesas do Trem Uai. Seja como tira gosto ou como prato principal, servido na cumbuca ou na travessa, o prato está sempre presente nos restaurantes, nos almoços de família, churrascos da turma ou nas barraquinhas dos eventos de rua – que a gente come sempre com gosto de “quero mais” ali, entre uma bebida e outra, um papo e alguma atração cultural.
A história nos conta que o feijão tropeiro é um prato originário de um movimento e não de uma região específica. Este movimento se chama Tropeirismo e se resume à atividade comercial realizada pelos Tropeiros, que eram carregadores de mulas, gados, cavalos e comerciantes, que atuavam principalmente entre as regiões centro-oeste e sudeste do Brasil durante os séculos XVII e XX.
Neste período, principalmente entre os séculos XVII e XVIII, a culinária brasileira sofria forte influência de três culturas: indígena, portuguesa e africana. Foi daí que veio a combinação da farinha de mandioca com o feijão.
Para facilitar o transporte de alimentos, os tropeiros costumavam carregar ingredientes secos e não perecíveis, como farinha de mandioca, farinha de milho, feijão, toucinho, charque, sal e café. Esses ingredientes formavam a base da dieta dos tropeiros. Os mantimentos e utensílios de preparo eram carregados dentro das bruacas que eram caixas de couro presas nas cangalhas dos animais de transporte.